Em alusão a Semana Estadual de Combate à s Hepatites em Santa Catarina, realizada anualmente na terceira semana do mês de maio, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, promoveu na tarde desta terça-feira (23), no auditório Antonieta de Barros, o Fórum Catarinense sobre Hepatites Virais. Direcionado ao debate de polÃticas públicas e o panorama das hepatites virais no Estado, o encontro contou especialmente com a presença de profissionais da área da saúde e de autoridades estaduais e federais.
Com uma programação didática, temas como novas tecnologias de diagnóstico e tratamento das hepatites B e C foram abordadas a partir de palestras e mesas-redonda. Autor da Lei nº 15.615, que institui a Semana Estadual, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Neoni Saretta (PT), acompanhou os trabalhas destacando a importância de levantar ações de prevenção referentes à s hepatites. “Através da troca de conhecimentos, o Fórum vem apresentar os mecanismos de tratamentos atualmente em vigor, pontuando a importância da prevenção precoce, uma vez que o número de incidências de hepatite no Estado é relevante.”
À frente da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Vicente Caropreso avalia a iniciativa como fundamental para reverter o panorama apresentado em Santa Catarina. Segundo o secretário, a região oeste concentra um grande número de casos da hepatite B, já a região litorânea tem apresentado significativamente um alto Ãndice de hepatite C. “A partir da divulgação de estatÃsticas, observamos a problemática, com a intenção de aprimorar as condições de diagnóstico cada vez mais precoce, possibilitando o acesso ao tratamento da hepatite. Diante da nossa preocupação em ralação à hepatite, trabalhamos em ação conjunta com o Legislativo em promover o debate com a presença dos melhores técnicos especializados na area.”
Durante o encontro, o superintendente de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, afirmou que Santa Catarina possui um perfil bem definido em relação à s hepatites, com casos apresentados em diferentes municÃpios do Estado.
Ao exemplificar, Gaudenzi informou que os casos de hepatite C mais comuns na região do litoral ocorrem pelo uso de drogas ou elementos que furam ou cortam a pele. Já a hepatite B, com casos acentuados na região oeste, acontecem por caracterÃsticas históricas, desde a época da migração com a transmissão sexual e parenteral. “Os nÃveis de hepatite B estão acima do que a gente encontra no resto do paÃs. Temos uma preocupação constante para diminuir os Ãndices. Buscamos incentivar a vacinação para prevenção e em casos de testes positivos encaminhar o quanto antes para o tratamento, previstos de acordo com os protocolos determinados pelo Ministério da Saúde.”