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Postado em 4 de fevereiro de 2015 Por Em noticias, Santa Catarina E 3540 Views

Definido reajuste do Piso Salarial Estadual catarinense para 2015

Em negociação realizada na tarde do dia 30 de janeiro, representantes dos trabalhadores e patronais chegaram a um acordo e a proposta será encaminhada ao governador

Por Sandra Werle.

A quarta rodada de negociação entre os representantes dos trabalhadores e empresários, realizada neste dia 30 de janeiro, foi definitiva: um acordo definiu que a primeira faixa salarial do Piso passará em 2015 para R$ 908,00; a segunda faixa para R$ 943,00; a terceira faixa para R$ 994,00; e a quarta faixa para R$ 1.042,00. Na avaliação do coordenador sindical do Dieese-SC, Ivo Castanheira, “não foi o resultado esperado para os representantes dos trabalhadores, numa negociação difícil, mas com um resultado que pode ser considerado positivo ao avaliar que acompanhou o reajuste do salário mínimo”.

Mesmo sendo objeto de negociação entre as entidades sindicais dos trabalhadores e empregadores, conforme prevê a Lei Complementar nº 459, de 30 de setembro de 2009, após assinado o Termo de Compromisso entre os negociadores, a proposta de reajuste ainda deve ser encaminhada ao governador do Estado para que este a apresente em forma de Projeto de Lei à Assembleia Legislativa. A Lei entrará em vigor a partir de sua aprovação, mas os valores dos pisos deverão ser pagos retroativos à data de 1º de janeiro de 2015.

O presidente da CUT-SC Neudi Giachini avaliou que a negociação em 2015 foi mais difícil do que nos anos anteriores, mas reafirmou a importância de manter uma estrutura negocial inédita no país: esta que reúne diversas centrais sindicais e federações dos trabalhadores e entidades da indústria e demais setores produtivos de Santa Catarina para negociar o reajuste do Piso Salarial Estadual. “Houve concessões dos dois lados para respeitar um processo histórico importante e para continuarmos na linha da valorização do nosso piso”, concluiu Neudi.

As centrais sindicais estimam que mais de um milhão de trabalhadores são atingidos direta e indiretamente pelo reajuste do Piso Salarial Estadual: “Nós precisamos lembrar que, além dos trabalhadores que recebem salários no valor do piso, os reajustes definidos também influenciam categorias que tem sua própria negociação”, lembra o supervisor técnico do Dieese José Álvaro Cardoso.

Acompanhe os novos valores dos pisos, o índice de reajuste e o ganho real em cada faixa:

piso
* Percentual acima do INPC, que foi de 6,23%.
Fonte: Dieese

Setores por faixa do Piso Salarial Estadual

Primeira faixa – de R$ 835 para R$ 908
* agricultura e pecuária;
* indústrias extrativas e beneficiamento;
* empresas de pesca e aquicultura;
* empregados domésticos;
* indústrias da construção civil;
* indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
* estabelecimentos hípicos;
* empregados motociclistas, motoboys e do transporte em geral, exceto os motoristas.

Segunda faixa – de R$ 867 para R$ 943
* indústrias do vestuário e calçado;
* indústrias de fiação e tecelagem;
* indústrias de artefatos de couro;
* indústrias do papel, papelão e cortiça;
* empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas,
vendedores ambulantes de jornais e revistas;
* empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
* empregados em estabelecimentos de serviços de saúde;
* empregados em empresas de comunicações e telemarketing;
* indústrias do mobiliário.

Terceira faixa – de R$ 912 para R$ 994
* indústrias químicas e farmacêuticas;
* indústrias cinematográficas;
* indústrias da alimentação;
* empregados no comércio em geral;
* empregados de agentes autônomos do comércio.

Quarta faixa – de R$ 957 para R$ 1.042,00
* indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
* indústrias gráficas;
* indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
* indústrias de artefatos de borracha;
* empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e crédito;
* edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
* indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
* auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
* empregados em estabelecimento de cultura;
* empregados em processamento de dados;
* empregados motoristas do transporte em geral;
* empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.

| Fonte: FECESC.

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