O Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis realizou, juntamente com os trabalhadores da saúde, uma manifestação no centro da cidade em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com os conselheiros o SUS de Florianópolis está correndo um grande risco com o corte 28 milhões no orçamento da Saúde anunciado em abril pelo prefeito Cesar Souza Junior. Durante a manifestação os trabalhadores dos postos de saúde da cidade relataram as dificuldades que enfrentam ao trabalhar com os cortes de gastos.
No manifesto entregue à população durante o ato o Conselho afirma que redução dos repasses da prefeitura à saúde é maior a cada ano: 19,86% (2011), 19,62% (2012), 18,77% (2013), 18,03% (2014) e 18,80% (2015). “A cada mês a prefeitura vem diminuindo os repasses para a saúde. Até junho deste ano o SUS, em Florianópolis, conseguia marcar 30 mil exames por mês. Nos meses seguintes esse número foi para 10 mil por mês. E não é porque não tem demanda, as pessoas estão indo para a fila de espera”. Explica a conselheira Fernanda Mainzini.
De acordo com os trabalhadores o corte nos recursos já está impactando no atendimento nas unidades de saúde. Há falta de medicamentos, luvas, abaixador de língua e soro fisiológico, entre outros insumos. A conselheira Fernanda Mainzini, farmacêutica no Centro de Saúde do Saco Grande, relatou que uma paciente voltou ao posto para devolver a insulina que havia recebido, pois não havia seringa para aplicar o medicamento. Segundo Fernanda, o posto não possui o material para distribuir aos pacientes.
