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Postado em 26 de abril de 2017 Por Em Brasil, Destaque, noticias, Notícias E 1468 Views

Trabalhadores da saúde fazem parte do grupo de risco da Síndrome de Burnout

Na semana do Dia Internacional de Memória as Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho (28 de abril), a Fetessesc chama a atenção para uma doença que afeta 30% dos profissionais brasileiros, e que tem como grupo de risco os trabalhadores da saúde: a Síndrome de Burnout (Síndrome do esgotamento profissional).

A Síndrome de Burnout é uma doença relacionada e desenvolvida no ambiente do trabalho. Ela tem como definição o esgotamento que se acomete a um grupo específico de profissionais dedicado ao cuidado de outras pessoas, como médicos, enfermeiros e sacerdotes.

Hoje, as más condições de trabalho na área da saúde interferem diretamente no desempenho das atividades dos trabalhadores em seus locais de trabalho. Além disso, a não valorização do profissional da área, exposta nos baixos salários da categoria faz com que os trabalhadores optem por jornada de trabalho dupla. Esses fatores são agravantes para o desenvolvimento de doenças ocupacionais, como a Síndrome de Burnout. 

De acordo com o Manual de Doenças do Ministério da Saúde, a Síndrome apresenta três elementos centrais: exaustão emocional (sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo), despersonalização (reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber os serviços ou cuidados) e diminuição do envolvimento pessoal no trabalho (sentimento de diminuição de competência e de sucesso no trabalho).

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A pesquisa Esgotamento entre profissionais da Atenção Primária à Saúde afirma que os profissionais da saúde estão expostos a fatores de estresse devido a categoria que fazem parte, já que lidam diretamente com demandas de outras pessoas, exigindo que a execução do trabalho envolva o relacionamento interpessoal direto e contínuo com o paciente. Por meio de um questionário, a pesquisa analisou 149 profissionais da saúde de Minas Gerais. Os resultados apresentaram níveis para cada um dos três elementos centrais da Síndrome de Burnout. Veja abaixo:

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Segundo o Manual de Doenças do Ministério da Saúde, informar ao trabalhador que faz parte do grupo de risco sobre a Síndrome de esgotamento profissional, é uma das ações mais importantes para prevenir a doença. Tanto empregadores quanto os sindicatos podem atuar nessa função. Muitas vezes, um trabalhador adoentado pode sinalizar um ambiente de trabalho doente. Por isso a prevenção da Síndrome de Burnout deve envolver mudanças na cultura da organização do trabalho.

Se um ou mais casos foram identificados no local de trabalho é preciso que o empregador notifique os casos à Delegacia Regional do Trabalho (órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego), providencie a emissão daComunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e a encaminhe à Previdência Social.

Para a Fetessesc a luta que exerce por melhores condições de trabalho na área da saúde está diretamente relacionada com as ações de prevenção de doenças ocupacionais como a Síndrome de Burnout. A Federação entende que a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista são propostas que ferem diretamente a saúde do trabalhador, pois retrocedem ao eliminar as conquistas trabalhistas e previdenciárias alcançadas após muita luta dos trabalhadores. A adesão à Greve Geral, no dia 28 de abril, deve ser mais um meio de atuação dos movimentos sindicais para a defesa dos direitos dos trabalhadores, e o combate contra retrocessos.

 

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