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Postado em 8 de junho de 2025 Por Em Destaque, Notícias, Santa Catarina E 47 Views

FETESSESC defende formação de qualidade para enfrentar escassez global de profissionais da enfermagem

*Com informações CNTS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em maio um relatório alarmante sobre a crescente escassez de profissionais da enfermagem no mundo. Segundo o documento, mesmo com um crescimento de quase 2 milhões de profissionais desde 2018, a força de trabalho global na área ainda é insuficiente para atender à demanda: até 2030, estima-se um déficit de 4,1 milhões de enfermeiros, principalmente nas regiões mais pobres. A situação compromete tanto a segurança dos trabalhadores quanto a qualidade do atendimento prestado.

Um dos dados mais preocupantes do relatório é a queda na taxa de formação de novos profissionais. Em 2018, havia 81 enfermeiros graduados para cada 10 mil habitantes; já em 2023, esse número caiu drasticamente para apenas 24. A recomendação da OMS é de pelo menos 30 profissionais por 10 mil habitantes, o que mostra a urgência em investir em formação de qualidade e políticas de incentivo à profissão.

Diante desse cenário, a FETESSESC reforça a importância de formar profissionais capacitados, com ensino presencial e supervisão adequada. A decisão recente do Ministério da Educação (MEC) de proibir cursos 100% a distância na área da enfermagem vai na direção correta. Formar trabalhadores da saúde exige contato com a prática e infraestrutura sólida, algo incompatível com modelos exclusivamente virtuais.

A realidade brasileira reflete os desafios globais. Os profissionais de enfermagem no país enfrentam jornadas exaustivas, baixos salários, adoecimento mental e desvalorização. Sem uma formação sólida e sem condições dignas de trabalho, será cada vez mais difícil atrair e manter profissionais na área, agravando a crise de escassez apontada pela OMS.

Por isso, a FETESSESC defende que é urgente fortalecer a formação presencial, garantir investimentos em carreira e estrutura de trabalho e implementar políticas públicas efetivas. O futuro da saúde começa pela educação de qualidade.

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