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Postado em 15 de dezembro de 2021 Por Em Notícias E 832 Views

Fetessesc participa da primeira rodada de negociações para definir o reajuste do piso salarial estadual em 2022

Com participação numerosa de representantes dos trabalhadores e também do setor empresarial, a primeira rodada de negociação não contou com contraproposta apresentada à mesa. Esta primeira reunião, como normalmente ocorre quando o processo negocial se inicia, serviu para que os dois lados apresentassem sua visão da conjuntura e o porquê de defenderem maior reajuste no piso salarial.

A reivindicação dos trabalhadores para reajuste em 2022 é de 100% do INPC acumulado em 2021 (o índice será divulgado no início de janeiro de 2022), mais 5% de aumento real. O coordenador sindical do Dieese, Ivo Castanheira, que coordena as negociações do lado dos trabalhadores, assinalou que o piso em Santa Catarina tem valores abaixo do praticado no Paraná e até mesmo do Rio Grande do Sul, onde está congelado há dois anos.

O supervisor técnico do Dieese, José Álvaro Cardoso, assinalou que o piso, atualmente, não apresenta uma diferença muito grande em relação ao salário mínimo nacional, sendo que a faixa menor apresenta valores 16% maiores que este. Ele lembrou, também, que o salário mínimo ideal para a população brasileira, divulgado pelo Dieese esta semana, é de R$ 5.969,17 – o cálculo considera a remuneração mínima para uma família com dois adultos e duas crianças. Para o economista, não existe outra saída para nosso estado e para o Brasil que não seja ampliar o mercado interno: “Esta mesa não vai resolver sozinha essa situação, mas cabe a nós definirmos uma política de valorização do piso que fará, sim, a sua parte”, afirmou.

A diretora secretária da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fetessesc), Tatiane de Castro, que representou a entidade na negociação, afirmou que “principalmente neste momento difícil em que vivemos uma pandemia, sabemos que os mais prejudicados são os trabalhadores. Diante disso, esperamos que a classe patronal tenha sensibilidade e valorize o nosso trabalho. Estamos pedindo apenas reconhecimento e respeito pelos serviços que prestamos. Precisamos recuperar nosso poder de compra e sabemos que isso só será possível com aumento real.”

A segunda rodada ficou marcada para o dia 12 de janeiro, às 13h30, na sede da Fiesc. A expectativa dos representantes dos trabalhadores é de uma contraproposta patronal com aumento real. “Este é o décimo segundo ano em que negociamos o reajuste para o piso e, desde sempre, nosso objetivo é recuperação de perdas e ganho real, não abriremos mão disso”, declarou Ivo castanheira, que representa o Dieese nas negociações e, também, a Federação dos Comerciários (Fecesc).

Fonte: Fecesc, com informações adicionais de Fetessesc

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